quinta-feira, 23 de abril de 2009

O país que Alice Viu

Ali se perdia o sonho
Num vento leve de outono
Ali se fazia festa
Aqui era só uma voz...
Gritos de desespero não tocam ouvidos
e giram como ciranda sem música, sem alegria
Aqui é que se faz, mas
Ali se paga o preço
das fantasias dormentes,
dos pássaros tristes no ventre,
de quem se desfaz em água e sal...
Ali se contava histórias sobre um novo país...
onde tudo era o que não era
onde o avesso era certo verso de métrica bem desenhada...
Gatos,
flores,
folhas,
rios de água salgada...
Porta menor que o corpo....
Lagarta,
carta,
rainha,
coelho,
chapéu de chapeleiro que louco parou no tempo...

País maravilhoso...

Espera os oprimidos,
em barcas multicoloridas
em pequenos comprimidos...

Aqui se faz o caminho, mas
ALI SE perde no desconhecido...




É pouco, mas é o que tem para o momento.

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